Sexualidade: A descoberta

menino olhando pipiEmbora estejamos no século XXI falar sobre sexualidade ainda remete a vários tabus ou a utilização este termo somente para se referir ao ato sexual. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) "a sexualidade humana forma parte integral da personalidade de cada um. É uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos da vida [...] A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, por isso, influencia também a nossa saúde física e mental". A descoberta da sexualidade começa na infância apesar de muita gente não concordar com isto, qualquer pessoa que tenha contato com bebês já deve ter visto a curiosidade com que eles exploram o corpo. Os apelidos que os adultos dão para os órgãos sexuais nestas situações (pipi, passarinho, bilau, perereca, periquita, perseguida, menina, borboletinha, bigulim, pirulito, etc...) mostram a dificuldade de falar sobre isso. Falar sobre sexualidade é falar sobre o corpo, sua exploração, comportamento, individualidade e as sensações envolvidas  nas descobertas que serão realizadas durante a vida inteira.

Culturalmente mulheres e homens entram em contato com sua sexualidade diferentemente. Quando um menino mostra ou toca o próprio pênis é muito comum a família rir ou brincar com a situação, entretanto, quando acontece isso com a menina geralmente é encarado de outro modo. Alguns estudiosos relatam que a própria estrutura fisiológica dos órgãos sexuais influenciam e diferenciam simbolicamente o contato com o próprio corpo ( o pênis fica a "vista", já a vagina fica "escondida") .
Há uma cena do filme Tomates Verdes Fritos onde uma das personagens principais (uma mulher de meia idade, perdida na mesmice do casamento de muitos anos e chegando a menopausa) participa de sessões de terapia em grupo com outras mulheres em busca de explorar a feminilidade e a palestrante distribui um espelho a cada participante para que elas observem a própria vagina, causando um verdadeiro espanto. 

Independente do gênero é importante ressaltar que o contato consigo mesmo denota autopercepção e consciência de si mesmo, fatores que são sinônimos de qualidade de vida e maturidade.
"Estamos acostumados a sentir que nossos corpos são meros veículos, 
nos quais somos obrigados a viver. No entanto, o corpo "somos nós mesmos", 
e, apesar disso, ele nos parece completamente estranho". (Alan W. Watts).


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